quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Obama, o novo presidente dos USA

Barack Obama tornou-se no dia 20 de Janeiro de 2009 o primeiro presidente negro dos Estados Unidos . Disse_"A partir de hoje, precisamos nos levantar, sacudir poeira e começar de novo o trabalho de refazer a América.
Centenas de milhares de pessoas explodiram em gritos de alegria no amplo National Mall ao verem Obama no palanque, com a mão direita erguida e a mão esquerda sobre a mesma Bíblia usada na posse de Abrahm Lincoln em 1861. Diante do presidente da Suprema Corte, e com alguns tropeços, prestou o curto juramento que o tornou o 44o presidente dos Estados Unidos, como sucessor de George W. Bush.
Com um largo sorriso, o novo presidente beijou sua mulher, Michelle, e suas duas filhas estudantes, Malia e Sasha. Depois voltou-se à multidão que enfrentou um rigoroso dia de inverno para vê-lo e gritar seu nome.
Obama, um democrata, substitui o republicano George W. Bush, que após dois mandatos volta ao Texas com a popularidade em níveis historicamente baixos e um legado que inclui duas guerras e a pior crise econômica em sete décadas.
A posse do ex-senador de 47 anos, filho de um negro do Quênia com uma branca do Kansas, foi cheia de simbolismos para os afro-americanos, que durante gerações sofreram a escravidão e depois a segregação racial que fazia deles cidadãos de segunda classe.
Em alusão a essa história, Obama saudou as pessoas que construíram o país desde a sua fundação, inclusive aqueles "que sofreram o açoite da chibata e araram a terra dura".


Falando para a multidão a perder de vista, Obama citou a crise economica, a pior em 70 anos, e as guerras do Iraque e Afeganistão como fatores que colocaram o país "no meio de uma crise".
Obama prometeu ações incisivas e rápidas para a enfraquecida economia dos EUA, uma prioridade para o seu governo.
Começando um mandato sob enormes expectativas, Obama prometeu que os EUA deixarão o Iraque "responsavelmente", e ajudará o Afeganistão a conquistar a paz.
Numa clara referência às práticas de interrogatórios usadas pelo governo Bush contra suspeitos de terrorismo -- comparadas a tortura por alguns --, Obama rejeitou a idéia de que é preciso fazer "uma escolha entre a nossa segurança e os nossos ideais".


Disse_ "Saibam que a América é uma amiga de cada nação e de cada homem, mulher e criança que busque um futuro de paz e dignidade, e que estamos prontos para liderar mais uma vez".
Após anos de relações tensas com os muçulmanos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 e da "guerra ao terrorismo" do governo Bush, Obama ofereceu palavras conciliadoras ao mundo islâmico, com o qual disse buscar "um novo caminho adiante", baseado no respeito e nos interesses mútuos.
Mas, a respeito do terrorismo, declarou_ "Não vamos desculpar-nos pelo nosso estilo de vida, nem ceder na sua defesa, e para os que buscam promover seus objetivos induzindo o terror e abatendo inocentes, dizemos a vocês agora que nosso espírito está mais forte e não pode ser quebrado; vocês não podem sobreviver a nós, e nós iremos derrotá-los".
Obama atribuiu a crise economica em parte "à cobiça e à irresponsabilidade" de alguns, mas também à relutância do país em fazer escolhas difíceis. Afirmou que o colapso econômico mostra como os mercados podem escapar ao controle quando não há "um olhar atento", e que a prosperidade deve ser mais bem dividida.


Adaptado de Steve Holland e Caren Bohan in Abril.com

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A guerra Israelo-Palestiniana


A área correspondente à Palestina até 1948 encontra-se hoje dividida em três partes: uma parte integra o Estado de Israel; duas outras (a Faixa de Gaza e a Cisjordânia), de maioria árabo-palestina, deveriam integrar um estado palestiniano-árabe a ser criado - de acordo com a lei internacional, bem como as determinações das Nações Unidas e da anterior potência colonial da zona, o Reino Unido. Todavia, em 1967, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia foram ocupadas militarmente por Israel, após a Guerra dos Seis Dias.
Há alguns anos, porções dispersas dessas duas áreas passaram a ser administradas pela
Autoridade Palestiniana, mas, devido aos inúmeros ataques terroristas que sofre, Israel mantém o controlo das fronteiras e está actualmente a construir um muro de separação que, na prática, anexa porções significativas da Cisjordânia ocidental ao seu território.
A população palestina dispersa pelos países árabes ou em
campos de refugiados, situados nos territórios ocupados por Israel, é estimada em 4.000.000 de pessoas.

Após o último cessar fogo, o Hamas reiniciou os bombardeamentos com roquetes, mas o clima pré-eleitoral em Israel não permitiu mais prolongar a situação de ameaça. Um milhão de judeus estavam no raio de acção dos Qassam missiles de fabrico Iraniano. Por isso Israel interveio militarmente para limitar a capacidade militar do Hamas, 15000 bem armados, fornecidos pelas centenas de tuneis que ligam ao Egipto, que fecha os olhos para não ser retaliado pelo terrorismo islâmico.